E, nisto sabemos que o conhecemos: se guardamos os seus mandamentos, aquele que diz: eu conheço-o e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade.
Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele.
Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou. I João 2: 3,4,5,6.
João, o Discípulo Amado
João, o Discípulo Amado, ao escrever suas Epístolas sempre tinha o cuidado de orientar os convertidos a uma vida de santidade e adoração. Em especial, na segunda Epístola, ele inicia sua narrativa no capítulo dois argumentando contra o modo errôneo de entender a doutrina da “graça e salvação”. Ele opunha-se aos mestres antinomianos (proclamavam a doutrina que se pauta no princípio de que para ser cristão basta ter fé, rejeitando as normas de conduta estabelecidas por Deus) os quais ensinavam que para o crente abandonar uma vida de pecado era uma questão de opção.
Contudo, o próprio João registra nas páginas de seu evangelho, três características deixadas por Jesus Cristo para aqueles que verdadeiramente seguem os passos do Divino mestre.
1º). Permanecer na Palavra
“Se vós permanecerdes na minha Palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos.” (João 8:31). Permanecer na Palavra de Deus é vencer todos os obstáculos da vida. É não se escandalizar com qualquer coisa e ter os olhos fitos somente em Deus. Todos os discípulos que possuem essas características têm seu fundamento firmado na rocha que é o próprio Cristo. Fundamento é uma base. Precisamos de um fundamento para crescer melhor. Quando o fundamento está firme, pode-se colocar a carga que for que nunca vai quebrar. Permaneçamos na Palavra de Deus.
2º). Permanecer no Amor
“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. (João 13:35). O Amor deve ser a marca distintiva dos seguidores de Cristo. Este Amor é, em suma, um amor abnegado e sacrificial, que visa ao bem do próximo. Por isso, o relacionamento entre os crentes deve ser caracterizado por uma solicitude dedicada e firme, que vise altruisticamente a promover o sumo bem uns dos outros. Os cristãos devem ajudar uns aos outros nas provações, evitar ferir sentimentos e a reputação uns dos outros e negar-se a si mesmos para promover o mútuo bem-estar.
3º). Dar muito Fruto
“Nisto é glorificado meu Pai: que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.” (João 15:8). Falta de fruto não é culpa do Senhor. O próprio Cristo se encarregou de nos enxertar na Videira Verdadeira, que é ele próprio. O grande problema da cristandade deste século é confundir dons com frutos. Os dons são ornamentos para a igreja, noiva de Jesus, enquanto estiver na terra, contudo, um dia eles acabarão. Os frutos são dados por capacitação e obra do Espírito Santo no ser humano para caracterizar os verdadeiros convertidos pelo poder da Palavra (Gálatas 5:22). Quem está em Cristo e Cristo nele, tem a tendência de dar muito fruto. Produzir muito fruto significa que somos discípulos verdadeiros, glorificamos e honramos o Pai, e mostramos que estamos aptos para um dia morar nos céus.
Conclusão:
Ser cristão implica negar-se a si mesmo. Não temos como dizer que servimos a Cristo sem possuir suas características. Essa é uma prova fidedigna de um novo nascimento, que se estamos com Cristo, devemos andar como ele andou. Como diz o Apóstolo Paulo: “Não vivo, mas eu, mas Cristo vive em mim.” Que a nossa vida em tudo venha glorificar ao nosso Deus que é digno de toda honra e glória.
Deus abençoe a todos.
Pastor Robson de Souza.